quarta-feira, 5 de junho de 2013

Amor silencioso



Se eu nunca planejei conhecer você, por que resolvi te amar? Já tentei, já insisti, já desisti de conviver com você quatro vezes.* Lutei até ontem na tentativa de ter você no mundo do esquecimento, mas esquecer  você é uma arte que jamais aprendi na vida. Meu esquecimento é apenas uma simples matéria de silêncio. Silenciar tem sido o único aprendizado elaborado na minha vivência. Silêncios acompanhados por lágrimas para um mundo de palavras expressas para seres chamados de gavetas, guarda-roupa, cômoda, mesa, estante, pen drive e páginas de blogs em internet com assinatura alheia. Meus pensamentos já sinalizaram uma provável compensação do teu amor, porém você lembra que te falei de uma crença numa tal reciprocidade? Ainda continuo a alimentar essa idealização de amor romântico de Tristão e Isolda e de diversos anônimos que não tiveram reconhecimento universal de admiração ou contemplação no campo do amor, mas encontraram reciprocidade de carinho, afeto e felicidade em compartilhar vida com outra pessoa. Amar no anonimato também é amar.  E para concluir esta composição, gostaria de avisar a você por mais uma vez: nunca mais irei explodir; reivindicar e exigir a tua companhia, pois exigências não combinam com a ação de amar. Amarei você nos silêncios da vida diária e terei você para toda a eternidade nos pensamentos.

Rave de Ranoli



*Quando você quiser e desejar algo intensamente faça o favor de desistir dessa vontade. Desista uma vez. Desista outra. Volte a desistir. Se na quarta vez você teve força para continuar vencendo as desistências, siga forte no seu objetivo e nunca mais desista.

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