sábado, 25 de janeiro de 2014

“Viver deve ser feliz e fácil como abrir e fechar os olhos.” Escrever também deveria ser assim

As palavras chegam e solicitam expressão. Escrever respeitando o fluxo da consciência é realização muito interessante. As reflexões neste começo de noite pedem para concluir o dia com as seguintes palavras:  resignação; relatividade; otimização do tempo; aprendizagem com as dificuldades vivenciadas; lei do retorno e recriação. Cada item apresentado fornece uma pletora discursiva muito eficaz.

1.        Aprendemos que resignar não é sinônimo de conformismo. Resignar é um aceitar que pode trazer ou desempenhar uma trajetória para uma mudança. Podemos sim receber as coisas como elas são, mas o difícil é compreender a coisa em si. Viver no que é e no que parecer ser é a imensa dificuldade do conhecimento.

2.        O que é, de fato, a relatividade? Dizem que é compreender o outro em seu movimento. Coloco SEU já para gerar a ambiguidade. O que é meu e o que é do outro? É fácil fazer essa separação? Como podemos compreender o movimento alheio sem acompanhar os passos do outro?

3.       Relatividade deve ser uma eterna indagação.

4.       Otimização do tempo. Como é possível aproveitar o que chamamos de tempo? O evitar as coisas inúteis geralmente só é compreendido depois da execução da ação. É muito difícil compreender o que é útil e inútil na vida. São discursos muitos semelhantes.

5.       Pegando carona nas possíveis inutilidades, poderíamos dizer que tudo que não foi agradável é uma lição de aprendizagem. Mas nem sempre o agradável faz do ser humano pessoas mais humanas. O erro é uma constituição que precisa ser repensada com mais cuidado.

6.       Será que tudo que fazemos recebemos com a mesma proporção? Como posso compreender melhor a lei do retorno?

7.        E terminando, vem a palavra recriação. Recriar é preciso para viver.Aprendo isso diariamente. 

“Viver deve ser feliz e fácil como abrir e fechar os olhos.” Escrever também deveria ser assim

Rave de Ranoli 

sábado, 18 de janeiro de 2014

Felicidade, indagações e o tempo.

Repeti as mesmas histórias, reelaborei os velhos desafios e reclamei das mesmas insatisfações. Será que o tempo continua o mesmo para mim e para todos? Por que somos tão previsíveis em tudo que fazemos?

Ter o grande projeto de criar algo novo para o mundo não é suficiente para o tempo. Somos a realização de uma eterna tentativa. Somos os adeptos de uma crença que tenta impulsionar algo chamado de felicidade. Fazemos nosso discurso em busca dessa tal felicidade, mas no próprio discurso encerramos o nosso ciclo na busca de ser feliz.

Por que a condição de ser feliz cativa tanto os seres humanos? E a tristeza, será que é apenas um sútil tempero para organizar o autêntico sabor da felicidade?. O tempo é autêntico o suficiente para ofertar essa resposta? O o tempo pergunta constantemente e já traz suas afirmações nas próprias indagações.

Rave de Ranoli


domingo, 12 de janeiro de 2014

Felicidade: Cheias de sim e repletas de não?



- O que você fez hoje para o dia ficar mais feliz?

- Sorri. O sorriso era o único recurso no campo da minha consciência.

- E o riso te transformou?

Não sei. É que desconheço o significado da palavra transformação. Não saber sempre fez de mim  um  mistério. Às vezes, é bom e ruim ao mesmo tempo.

- Você gostaria de saber o que significar transformar?

- É que não possuo habilidades compreensivas à transformação. Entender é algo inalcançável. Mas sinta-se à vontade para pronunciar o significado de transformar.

- Transformar é requalificar o nosso olhar e compreender qualitativamente o nosso cotidiano.

- É isso? Pensava, escassamente, que transformar era a negativa de tudo que você pronunciou.

- Compreendia as afirmativas e você as negativas. Para quem fica as indagações, então?

- Deixaremos as indagações para todos os sorrisos felizes. Assim a felicidade revitaliza o seu ciclo.

Rave de Ranoli



quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Renovação de silêncio



Ter cuidado com as palavras proporciona uma melhor interação no nosso mundo. As palavras são fenômenos que nos direcionam para movimentos muito interessantes. Ás vezes, por uma simples palavra ou um pequeno texto, produzimos um turbilhão de palavras e renovamos milhões de pensamentos. Outras vezes, um simples balbuciar é responsável por tornar real uma vivência de um eterno silêncio. Viver o silêncio das palavras é uma fonte inesgotável de aprendizado. Aprendi a silenciar e fiz do silêncio a minha principal referência de vida. Silêncio nunca se transfigura de forma igual. Compreender que o silêncio possui movimentos foi de uma satisfação indescritível.

Rave de Ranol

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Por que nunca há silêncios singulares no mundo?

Como é lembrar alguém e não poder falar?
O silêncio tem a função de não causar ou ampliar o distanciamento, mas ele falha.
Hoje o silêncio reflete cuidado, carinho e atenção à distância.
Distante vou cuidando do mundo, do alheio e de mim.
Se o caminho da vida é silêncio, preciso resignar-me? Não sei. 
Sei que silenciar restaura e desvanece a dor.
Silenciar também fortalecer e amplia a dor.
Por que nunca há silêncios singulares no mundo?  
E os reflexos do silêncio continuam ...
Silêncios na esfera contemplativa. 
Reflexos do silêncio: 

Admiração; 
Cultivação;
Contemplação; 
Educação; 
Erudição; 
Estupefação; 
Evolução; 
Ignorância; 
Introspecção; 
Obsessão; 
Paixão; 
Reflexão; 
Resignação; 
Satisfação; 
Solidão; 
Inversão. 
O silêncio reflete... Esgotação? Não! 
O silêncio reflete atos e... 



Rave de Ranoli


sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Dez lições aprendidas com canções

1. Levar o coração feliz para onde for.

2. Cultivar sempre um sorriso voluntário.

3. Tornar as certezas incertas.

4. Criar na solidão, mas viver na multidão.

5. Fazer listas de reflexões diárias.

6. Perceber que o AGORA é resultado de uma construção.

7. Renovar os silêncios cotidianos

8. Cuidar melhor das palavras pronunciadas.

9. Esperar com mais tranquilidade.

10. Escolher e selecionar com mais critério as canções da vida.






Rave de Ranoli

Sentimentos renováveis na permanência da vida

O que a renovação traz?
Traz mais um sentimento e uma antiga vontade de viver.
As vontades, os desejos, os quereres são impulsos compostos apenas por palavras diferentes.
Sentimentos renovam apenas palavras, mas palavras não renovam pensamentos.
Palavras utilizam apenas organizações que refletem ações.
Tenho a sensação de que nunca mudamos. Hoje, acordei na plenitude de Parmênides.
Será mesmo que a mudança inexiste? Dizem que mudar é transpassar o discurso. Mudar é ir além do universo das palavras. Mudar é não ser o verbo.
Como podemos ir além das palavras se somos constituídos por elas antes mesmo do nosso nascimento?
Somos inaugurados por palavras, mas nunca sabemos ou percebemos a origem delas. A falta de compreensão da nossa ontogênese vocabular  torna-nos seres dispersos e periféricos.
Observe uma realização dispersa e periférica nossa: dizemos que somos novas pessoas; dizemos que perdoamos; dizemos até que esquecemos um grande amor.
Mas tudo, quando vemos no detalhe, não passa de palavras ditas. As palavras nunca significam o que queremos dizer. As palavras são também um tipo de instrumento ineficiente da nossa construção.  

Revocação traz palavras, mas palavra não traz renovação. 

Rave de Ranoli

P.s: As palavras diferentes mudam?