terça-feira, 2 de julho de 2013

É a metáfora é a problemática existencial do mundo?



Quando partimos de alguma referência para analisar o ser humano, já perdemos algo no processo de conceituação. Tudo isso é a vontade. Vontade transformada em necessidade de universalizar o ser no mundo através do nosso contexto particular. Repetimos diariamente no pensamento as seguintes palavras: “meus passos precisam da coerência e da cadência alheia para significar”. Dizemos que o outro traz incomodo, alegria e torna o nosso ser mais que uma realização contraditória.  Esperamos sempre do outro, somos para o outro, relacionamos com todos e temos a sensação de nunca saber o código que nos decifra. Existirá, de fato, esse código? Vivemos numa busca desenfreada por entendimento com objetivos de organizar o caminho dos outros e produzimos concomitantemente nossos esquecimentos.  Mas, às vezes, nos nossos pensamentos incertos, há o aparecimento da seguinte visão: “se eu encontrar a mim, saberei o que o outro precisa.” Será tão simples assim? Outras vezes, ampliando as nossas inferências, atribuímos que a falta de importância no mundo do simples é um dos maiores atributos na nossa expressão cotidiana. Percebemo-nos seres de caos vivendo em uma atmosfera organizada. Constatamos que a difusão nos constitui, mas ela não é a nossa plenitude, pois o querer pleno é apenas uma tentativa de simbolização sofisticada encontrada pelo ser humano para suprir algo que não pode ser contemplado. O que o ser humano quer do mundo? Você, ser humano, o queres? O que queremos escrever e dizer nesta composição? Nossa resposta, no momento, será a seguinte: queremos utilizar metáforas destituídas de problematização no esboço da nossa existência.

Rave de Ranoli

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